Reconstituição do Terramoto de LisboaFoi há 260 anos. Pelas 9h30 do dia 1 de Novembro de 1755.Veja a impressionante reconstituição do TERRAMOTO de LISBOA, um dos maiores desastres naturais de sempre.A maioria dos habitantes encontrava-se no interior das igrejas :(Nunca será demais aprender sobre a nossa HISTÓRIA e PARTILHAR!(v. Smithsonian Channel)#informanuais #educação #história #terramotodelisboa #séculoxviii
Posted by Informanuais on Domingo, 1 de Novembro de 2015
Lisboa antes do terramoto
“Ainda em 1753, quando Lisboa já tinha aumentado de maneira considerável, certas portas da cerca do século XIV eram vistas como suas entradas principais. As estruturas urbanas continuavam a ser as de um velho burgo medieval, vasto e desordenado, sem plano nem proporções – salvo as ruas modernas do Bairro Alto. As outras eram como sempre estreitas, sujas e incómodas, diz-nos um viajante das vésperas do terramoto (…).
(…) As casas eram insuportavelmente sujas, as estalagens lugares perigosíssimos (…) e os estrangeiros não tinham onde se hospedar (…).
(…) O Terreiro do Paço com o Palácio Real e o Rossio com o Palácio da Inquisição (…) eram – simbolicamente, pode dizer-se – as únicas grandes praças da cidade.
(…) Debaixo do Sol, porém, as paredes de Lisboa brilhavam, branqueadas de cal – e sobre as suas sete colinas, o Tejo aos pés, a cidade tinha por si a natureza (…). E para lá dos seus limites, para o norte, as hortas alegravam-na ainda mais, atraindo o seu povo em piqueniques e festas.
… Assim era a cidade que desapareceu no dia 1 de Novembro de 1755.
José Augusto França, Lisboa Pombalina e o Iluminismo
Adaptado
Visita virtual - A cidade de Lisboa antes do terramoto de 1755
O sismo teve o epicentro no mar, a oeste do estreito de Gibraltar, atingiu o grau 8,6 na escala de Richter e o abalo mais forte durou sete intermináveis minutos. Por ser Sábado, acorreram mais pessoas às preces. As igrejas tinham os devotos mais madrugadores. Só na igreja da Trindade estavam 400 pessoas. Se os abalos tivessem começado mais tarde, teria havido mais vítimas, pois os aristocratas e burgueses iam à missa das 11 horas. Depois dos abalos, começaram as derrocadas. O Tejo recuou e depois as ondas alterosas tudo destruíram a montante do Terreiro do Paço e não só.
Era o fim do mundo!
Como era dia de guarda (como se chamava dantes aos feriados religiosos), havia muitas velas acesas nas casas e nos altares das igrejas. Além disso, o dia estava muito frio, o que fez com que as pessoas tivessem deixado as lareiras acesas em casa.
Além do terramoto em terra, sentia-se o maremoto no mar e no rio. Os barcos que estavam no rio começaram a rodopiar e a afundar-se a pique.
Abriram-se falhas na terra, em zonas como Alcântara, Sacavém, S. Martinho, Azeitão e Setúbal. Dessas falhas, surgiu água, vento e vapores.
Passado algum tempo, houve um segundo abalo muito violento.
A cidade incendiou-se. As velas e as lareiras que tinham sido deixadas acesas ajudaram a chamas a crescer ainda mais.
Os incêndios lavraram por grande parte da cidade durante intermináveis dias. Foram dias de terror. As igrejas do Chiado e os conventos ficaram destruídas. A capital do império viu-se em ruínas, já para não falar de outras zonas do país, como o Algarve, muitíssimo atingida pelo sismo e maremotos subsequentes.
O Terramoto de Lisboa em 1755 (Reid, 1914), que provocou cerca de 30.000 vítimas mortais (Mendonça, 1758), levou à devastação da capital, devido ao efeito combinado do sismo e do maremoto e incêndio que se seguiram.