As Invasões Francesas

Mapa das Invasões Francesas

 

Causas para a Revolução Francesa

Crise Económica

Crise Social


- Maus anos agrícolas
- Participação da França na guerra dos 7 anos
- Participação na guerra de Independência Americana


- Nobreza e Clero (ricos e previlegiados)
- Burguesia (ricos, mas sem previlégios)
- 3º Estado (pobres, pagam impostos, trabalham na terra)

Revolução Francesa

 


Ideias Iluministas
- Montesquieu
- Voltaire
- Rousseau


Estados Gerais
- Nobreza e Clero (Voto por Ordem )
- 3º Estado (Voto por cabeça )

 

 

Ultimato de Napoleão ao Príncipe Regente, D. João.

 

“(…) Portanto, o baixo assinado teve ordem de declarar que se no 1º de Setembro próximo S. A. R. o Príncipe Regente de Portugal não tiver manifestado o desígnio de subtrair-se à influência inglesa, declarando imediatamente guerra à Inglaterra, fazendo sair o ministro de S. M. Britânica, chamando de Londres o seu próprio Embaixador, (…) confiscando as mercadorias inglesas, fechando os seus portos ao comércio inglês, (…) entender-se-á que S. A. R. o Príncipe Regente de Portugal renuncia à causa do Continente (…).”

Damião Peres, História de Portugal, 1934, Vol. VI
Adaptado


Texto 2


A decisão de D. João face ao Ultimato de Napoleão

“(…) Quando Napoleão procura fechar a Europa à Inglaterra, Portugal, preso de longa data à Inglaterra, recusa-se a substituir as alianças e subordinar-se aos decretos do bloqueio continental.
Napoleão envia então, no fim de 1807, um exército comandado por Junot a Portugal (…).”

L. A. de Oliveira Ramos, Da Ilustração do Liberalismo
Adaptado

 

Bloqueio Continental

 

          Após a vitória dos revolucionários franceses, os reis absolutos da Europa sentiram o seu poder ameaçado. Alguns deles uniram-se e declararam guerra à França. Depois de vários anos de luta, foram derrotados, em grande parte, devido à acção do general Napoleão Bonaparte, comandante das tropas francesas, que se coroou Imperador, na presença do Papa. A França passou, então, a dominar quase toda a Europa Continental. Só a Grã-Bretanha continuava a oferecer resistência. Para a isolar e destruir o seu comércio, Napoleão ordenou aos países europeus que fechassem os seus portos aos navios ingleses. Esta medida, tomada em 1806, ficou conhecida por Bloqueio Continental.

bloqueio

          O Bloqueio Continental.

          A linha azul delimita as zonas da Europa que aderiram a este bloqueio. Como se pode observar, Portugal não acatou a ordem de Napoleão, o que conduziu às Invasões Francesas.

 

A Revolução Francesa de 1789, foi a oportunidade perfeita para Bonaparte alcançar seu objectivo maior. Tornou-se general aos 27 anos, saindo-se vitorioso em várias batalhas na Itália e Áustria.

 

Napoleão Bonaparte

No ano de 1804, Napoleão finalmente tornou-se imperador. Com total poder nas mãos, ele formulou uma nova forma de governo e também novas leis. Visando atingir e derrotar os ingleses, Bonaparte ordenou um Bloqueio Continental que tinha por objectivo proibir o comércio com a Grã-Bretanha.


O Bloqueio Continental

Só a Grã-Bretanha continuava a resistir. Napoleão decretou então (1806) o Bloqueio Continental: todos os países europeus deviam fechar os seus portos aos navios ingleses.

Portugal demorou a cumprir a ordem de Napoleão, porque era aliado da Grã-Bretanha e porque essa medida iria prejudicar a economia portuguesa (a maior parte do nosso comércio era com esse país).

Napoleão ordenou então a invasão e conquista de Portugal.

 

A saída da corte para o Brasil

Quando as tropas de Napoleão já estavam em Portugal, o príncipe regente, D. João, decidiu refugiar-se no Brasil. Foi acompanhado por toda a família real e parte da corte, ficando o governo do Reino entregue a uma regência.

 

Ultimato de Napoleão ao Príncipe Regente, D. João.

Texto 1

Ultimato de Napoleão ao Príncipe Regente, D. João.

 

         “(…) Portanto, o baixo assinado teve ordem de declarar que se no 1º de Setembro próximo S. A. R. o Príncipe Regente de Portugal não tiver manifestado o desígnio de subtrair-se à influência inglesa, declarando imediatamente guerra à Inglaterra, fazendo sair o ministro de S. M. Britânica, chamando de Londres o seu próprio Embaixador, (…) confiscando as mercadorias inglesas, fechando os seus portos ao comércio inglês, (…) entender-se-á que S. A. R. o Príncipe Regente de Portugal renuncia à causa do Continente (…).”

Damião Peres, História de Portugal, 1934, Vol. VI

Adaptado

Texto 2

A decisão de D. João face ao Ultimato de Napoleão

 

         “(…) Quando Napoleão procura fechar a Europa à Inglaterra, Portugal, preso de longa data à Inglaterra, recusa-se a substituir as alianças e subordinar-se aos decretos do bloqueio continental.

         Napoleão envia então, no fim de 1807, um exército comandado por Junot a Portugal (…).”

L. A. de Oliveira Ramos, Da Ilustração do Liberalismo

adaptado

 

Primeiro manifesto de Junot aos portugueses

 

"Habitantes do Reino de Portugal
Um exército francês vai entrar no vosso reino. Ele vem para vos tirar do domínio inglês e faz marchas forçadas para livrar a vossa bela cidade de Lisboa…
Habitantes pacíficos dos campos, nada receeis. O meu exército é tão bem disciplinado como valoroso."

Junot    


“… (os franceses) em toda a parte roubam, quebram, devastam, incendeiam. Matam quem lhes resista; não esperam mesmo a resistência. Arrombam à machadada as portas das igrejas e das capelas; penetram nos conventos; saqueiam os altares, derrubam as imagens para lhes arrancar o oiro e a prata dos seus adornos (…), fazem saltar ao impulso de alavancas as pedras tumulares para despojarem os cadáveres das jóias com que por acaso fossem sepultados (…).”
Fernando Costa

 

 

 

 

 

Queres aprender mais sobre as Invasões Francesas e a Revolução Liberal de 1820 de forma lúdica????

 
Então diverte-te e aprende.
 
Cronologia sobre as Invasões Francesas. Jogo da Forca sobre 1820 e a Vitoria dos liberais.
 
Questionário sobre as Invasões Francesas II. Questionário sobre as Invasões Francesas II.

 

1a. Invasão

H.G.P. 6º Ano - As Invasões Fracesas

faz um teste aqui


Sob o comando do general Junot, as tropas francesas ingressaram na Espanha em 18 de Outubro de 1807, cruzando o seu território em marcha acelerada em pleno Inverno e alcançando a fronteira portuguesa em 20 de Novembro. Sem encontrar resistência, uma coluna de tropas invasoras atingiu Abrantes a 24, em busca de provisões. Faminto e desgastado pela marcha e pelo rigor do Inverno, o exército francês teve dificuldade para ultrapassar o rio Zêzere, entrando em Santarém a 28, de onde partiu no mesmo dia, rumo a Lisboa, onde entrou a 30, à frente de dois regimentos em mau-estado.

No dia anterior, a Família Real e a Corte portuguesa haviam largado ferros da barra do rio Tejo, rumo ao Brasil, levando em 34 navios de guerra portugueses, cerca de 15.000 pessoas, deixando o governo de Portugal nas mãos de uma regência, com instruções para não resistir aos invasores.
 
 

No ano seguinte, em Agosto, uma força britânica sob o comando do general Arthur Wellesley (depois duque de Wellington), desembarcava em Portugal, avançando sobre Lisboa. Travaram-se, na sequência, a batalha de Roliça e a batalha do Vimeiro, vencidas pelos ingleses, forçando à Convenção de Sintra.
 
 
2a. Invasão

Enquanto a invasão de Portugal sucedia, Napoleão forçou a abdicação do rei Carlos IV de Espanha e de seu herdeiro, D. Fernando (Baionne, 1808), conduzindo ao trono espanhol o seu irmão José Bonaparte. Os espanhóis revoltaram-se contra os usurpadores franceses, obtendo apoio das tropas inglesas estacionadas no norte de Portugal. Sob o comando de John Moore, os ingleses ultrapassam a fronteira no início de 1809, para serem derrotados, na Corunha, pelo marechal Soult. Obrigadas a retirar, deixaram a descoberto a fronteira com Portugal, permitindo a Soult, invadir o país pela fronteira do Minho em Março de 1809, avançando até à cidade do Porto, que ocupam a 24 desse mês, fixando fronteira no rio Douro. Em Maio desse mesmo ano, tropas luso-britânicas sob o comando do general Arthur Wellesley e do comandante-em-chefe marechal William Carr Beresford, vencem a chamada batalha do Douro, reconquistando a cidade do Porto (29 de Maio) e expulsando o invasor, que se retirou para a Galiza. Retornando para o sul, as tropas de Wellesley travaram a batalha de Talavera em território espanhol e regressaram a Portugal.

3a. Invasão
Uma terceira invasão francesa do território português registou-se em 1810, sob o comando do marechal André Massena. Penetrando pela região nordeste de Portugal, conquistou a Praça-forte de Almeida (Agosto), na fronteira, marchando em seguida sobre Lisboa. Interceptado pelas forças luso-inglesas, foi vencido na batalha do Buçaco (27 de Setembro). Reagrupando as suas forças, retomou a marcha, flanqueando as tropas luso-inglesas e forçando-as a recuarem para defenderem a capital. Os franceses atingiram as Linhas de Torres a 14 de Outubro, erguidas na previsão dessa eventualidade e onde as tropas luso-inglesas os aguardavam desde o dia 10, retirando-se, derrotados, no final do dia seguinte.
 

[PPT]

As Invasões Francesas

 

 

Mapa das invasões francesas

 
 
 
Mapa das invasões francesas
 
 
 

O Porto e as Invasões Francesas

No dia 29 de Março de 1809, a população do Porto viveu horas de grande sofrimento quando os soldados franceses venceram a escassa resistência militar e entraram cidade adentro varrendo tudo e  todos até chegarem à Ribeira, onde viria a ocorrer a tragédia da ponte das barcas.

 
Clica na Planta da cidade do Porto da época das invasões

Falhadas as tentativas de entrar em Portugal pelo Minho (13 de Fevereiro, em Vila Nova de Cerveira, e 16 do mesmo mês, em Caminha), o marechal Soult, que comandava os soldados de Napoleão, inflecte para o interior da Galiza, subindo o rio Minho até Orense, à procura de um local para mais facilmente entrar em Portugal. Acaba por encontrar na veiga de Chaves o melhor local para atacar Portugal, o que acontece a 10 de Março. Dando assim início à segunda invasão francesa.

mapa

Dois dias depois, conquistada que estava a cidade de Chaves, os franceses iniciam a marcha para o Porto, por Braga. A guarda avançada dos franceses derrota as forças portugueses em Salamonde, dia 16, e quatro dias depois voltam a ser derrotadas às portas de Braga, em Carvalho d'Este. Estava aberto o caminho para o Porto.

Obrigado a atravessar o rio Ave em Santo Tirso face à feroz defesa montada pelos portugueses na Trofa, Soult acampa em S. Mamede de Infesta, dia 26 de Março, à frente de 18 mil dos 25 mil com que iniciara a guerra em Portugal. Os sete mil de diferença respeitam a baixas e aos soldados que foi deixando pelo caminho a guarnecer as posições conquistadas.

Neste interim, o brigadeiro Silveira, comandante da divisão que defendia Trás-os-Montes, reocupou Chaves, aprisionando a guarnição francesa (dia 25).

Já com o inimigo à vista o Porto concluía as obras de defesa, de forma atabalhoada, embora com aparente imponência. A linha defensiva do Porto seria constituída por 20 mil homens (somente dois mil seriam tropas regulares) apoiada por 35 baterias dispostas num longo semicírculo que se estendia de Campanhã à Foz - Campanhã, Senhor do Padrão, Monte Cativo, Monte das Enfestadas, Cativo, Bonfim, Antas, Póvoa de Cima, Quinta dos Congregados, Lindo Vale, Lapa, Sério, Regado, Monte Pedral, Falperra, Prelada, Lordelo, Ramalde, Senhora da Luz, etc. - um total aproximado de 200 canhões.

O pior é que destas peças só cerca de 20 podiam fazer fogo. As outras serviam de sustentáculo de amarração de navios. Com isto terão querido os defensores imitar o estratagema engendrado pelo arcebispo D. Gonçalo Pereira, que, no reinado de D. Afonso V, simulara com velas de embarcações as muralhas da cidade, defendendo o Porto e sustendo os ímpetos atacantes do infante D. Pedro, como relata Duarte Nunes de Leão.

Só que os tempos eram outros e Soult não se deixou ir no engodo. Dia 29 dá-se o ataque final. A infantaria francesa entra pelas baterias de Aguardente, de Santo António (Regado) e de S. Francisco (Monte Pedral) e a cavalaria pela de S. Barnabé (Prelada) - olhando para o mapa da cidade, as posições atacadas situam-se mais ou menos ao centro da linha defensiva. Só o brigadeiro Vitória consegue manter por mais tempo a linha do Bonfim a Campanhã, e retirar com ordem, já na cidade o inimigo avançava por toda a parte, num ou noutro local travado por desesperadas resistências.

A população foge em direcção à Ribeira, na tentativa de passar a ponte das barcas que unia o Porto a Vila Nova de Gaia. É então quer se dá a tragédia. Segundo uns, a ponte não aguentou o peso de centenas e cedeu; segundo outros (talvez o mais provável), as autoridades mandaram abrir os alçapões existentes na ponte para retardar o avanço francês. A onda de fugitivos não se apercebeu da armadilha e impelia os dianteiros para o buraco e para as águas do rio. De Gaia, os portugueses faziam fogo sobre os franceses. No meio, estava a população indefesa... Não se sabe ao certo quantos terão morrido afogados, mas há muitas dúvidas quanto ao número de quatro a cinco mil vítimas apontadas em alguns relatos.

Vencida a resistência, seguiram-se três dias de saques, até que Soult põe travão aos seus soldados e estabelece a ordem na cidade. Entre 29 de Março e 11 de Maio instala-se no Palácio dos Carrancas - actual Museu Nacional Soares dos Reis -, demorando em cumprir as ordens de Napoleão, que o queria em Lisboa em Fevereiro. Com o apoio do jornal "Diário do Porto" prepara abaixo-assinados para pedir ao imperador o título de rei do Norte e assume-se protector da cidade.

Fora do Porto os franceses vão sofrendo revezes sucessivos. A cavalaria de Caulaincourt, que ocupara Penafiel, é rechaçada na ponte de Canaveses (31 de Março); Botelho de Sousa reocupa Braga (5 de Abril), Silveira ataca e reocupa Penafiel (dia 13); o mesmo Silveira (de 18 de Abril a 2 de Maio) defende a ponte de Amarante do ataque francês comandado por Loison (o "maneta"), obriga Caulaincourt a retirar de Vila Real (dia 8) e volta a derrotar Loison em Moure (dia 12).

Enquanto isso, Arthur Wellesley (futuro duque de Wellington), nomeado comandante-chefe do exército anglo- português, chega a Gaia.

Depois de observar as posições, repara na importância estratégica de um edifício existente no Monte do Seminário (actual Colégio dos Órfãos). Ordena, então, a sua ocupação, o que é feito por uma pequena força que leva consigo três peças de artilharia. Quando Soult dá conta, já Wellesley tinha no Porto cerca de 600 homens, suficientes para travar as investidas francesas que deixam desguarnecida a Ribeira. Apercebendo-se disso, e com o apoio das populações ribeirinhas que lhe disponibilizam barcaças, Wellesley faz passar para o Porto o grosso das tropas que comandava em plena luz do dia (dia 12 de Maio). Duas horas depois, a cidade estava libertada. Dizem até que a fuga de Soult foi tão precipitada que Wellesley ainda encontrou quente o almoço que o francês se preparava para comer...

 

Seis dias depois, Soult abandonava Portugal por Montalegre, sempre perseguido pelo exército anglo-português. Terminava assim a segunda invasão francesa.

Adaptado de Jornal de Notícias

 SABE AQUI MAIS

 INVASÕES FRANCESAS

 

As tropas francesas invadiram Portugal por três vezes:

 

1ª invasão - 1807/1808 - General Junot

2ª invasão - 1809 - General Soult

3ª invasão - 1810/1811 - General Massena

 

Durante as invasões, os soldados franceses roubaram, incendiaram povoações, destruíram colheitas e mataram pessoas, o que revoltou a população.

Para resistir, Portugal pediu ajuda à Inglaterra. O exército português e inglês contou com a ajuda da população, pois os movimentos de resistência popular apareceram por todo o país.

 

 

Finalmente, em 1811, os Franceses são definitivamente derrotados.

 

A intervenção inglesa

 

“A resistência popular começou desde logo, organizando-se guerrilhas contra o invasor. (…). Apoiados por este vasto movimento popular, os ingleses, sob o comando de Lord Wellington, desembarcaram na Galiza e entraram em Portugal em Julho de 1808. Outras forças britânicas se lhe vieram juntar e em conjunto com as tropas portuguesas, Wellington pôde derrotar os franceses em duas batalhas (Roliça e Vimeiro).”

A. H. de Oliveira Marques, Historia de Portugal, Vol. I
Adaptado

 

Sopa de Letras sobre os generais e as batalhas das Invasões Francesas - 6º Ano

Junot? Soult? Massena? Estou confuso!