A saída da Corte para o Brasil

 video vvA Corte desembarca na Colónia
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1 – A fuga da família real


2 – Nobreza e política

3 – Um reino sem rei (I)

4 – A travessia

5 – A economia do Brasil no tempo de D. João VI

 

A saída da corte para o Brasil

Quando as tropas de Napoleão já estavam em Portugal, o príncipe regente, D. João, decidiu refugiar-se no Brasil. Foi acompanhado por toda a família real e parte da corte, ficando o governo do Reino entregue a uma regência.

Fonte: Vicente Almeida d'Eça, Causas políticas das invasões
Esquadra em que seguiu para o Brasil a família real portuguesa
Desenho feito a giz no quadro negro por João Braz de Oliveira 
(195 x 125 cm)
 
 
Fonte: Biblioteca Nacional Digital
Embarquement du Prince Regent de Portugal, au quai de Belem, avec toute la Famille Royale 
 

 


por Henry l'Eveque (1815)
 

 

 

Tema: Embarque da família real para o Brasil


Texto 1
A decisão do Príncipe Regente

       “Vejo que, pelo interior do meu reino, marcham tropas do imperador dos Franceses (…).
         Conhecendo eu igualmente que elas se dirigem muito particularmente contra a Minha Real Pessoal (…) tenho resolvido, em beneficio dos meus vassalos, passar com a Rainha Minha Senhora e Mãe e com toda a Real Família para os Estados da América e estabelecer-me na cidade do Rio de Janeiro até à paz geral.”

Carta do príncipe D. João, em 26 de Novembro de 1807
Adaptado

Texto 2
O embarque da Família Real para o Brasil

“(…) Os cortesãos corriam pela meia-noite as ruas, ofegantes, batendo às lojas, para comprarem o necessário; as mulheres entrouxavam a roupa e os pós, as banhas, o gesso com que caiavam a cara, o carmim com que pintavam os beiços, as perucas e os rabichos, os sapatos e as fivelas, toda a frandulagem do vestuário (…).
         Embarcavam promiscuamente no cais os criados e os monsenhores, as freiras e os desembargadores (…). Era escuro, nada se via, ninguém se conhecia (…).

         (…) O príncipe-regente e o infante de Espanha chegaram ao cais na carruagem, sós: ninguém dava por eles; cada qual cuidava de si, e tratava de escapar (…). E por fim a rainha, de Queluz, a galope. Parecia que o juízo lhe voltava com a crise. “Mais devagar! Gritava ao cocheiro; diria que fugimos! (…).”

Oliveira Martins, História de Portugal, Guimarães Editores