SEBASTIÃO JOSÉ de CARVALHO e MELO

12-01-2014 22:30

SEBASTIÃO JOSÉ de CARVALHO e MELO

o 1.º MARQUÊS DE POMBAL

  

 

O título de Marquês de Pombal foi dado pelo Rei D. José I, no dia 16 de Setembro de 1769, fez ontem precisamente 340 anos, a Sebastião José de Carvalho e Melo contava já 70 anos, pois nascera em Lisboa no dia 13 de Maio de 1699, sendo o mais velho de 12 irmãos.
Até então tinha tido e continuou a ter uma vida cheia de realizações a favor de Portugal e do seu progresso. Tudo terá começado, por volta dos 18 anos, quando ele se reunia com os ilustrados do Reino, na casa de seu tio. Funcionava aí uma verdadeira Academia de Ilustres que discutiam assuntos de carácter político, científico e filosófico.
Aos 24 anos, Sebastião José de Carvalho e Melo, casa com D. Teresa de Noronha e Bourbon Mendonça e Almada, em circunstâncias pouco convencionais, uma vez que raptou a noiva dado ele não era aceite pela família dela, extremamente poderosa. Este casamento permitiu a integração de Sebastião Carvalho e Melo no grupo representante da alta fidalguia portuguesa. Deste casamento não haveria, no entanto, descendência.
Em 1738, Sebastião José de Carvalho e Melo é nomeado como enviado especial a Londres, com as funções de Ministro Plenipotenciário com o objectivo de consolidar a aliança luso-britânica. Seis anos mais tarde, com as mesmas funções é enviado a Viena de Áustria.
Em 1750 D. José inicia o seu reinado e nomeia Sebastião José de Carvalho e Melocomo Secretário dos Negócios Estrangeiros. Era o início da sua participação no Governo de que se iria tornar “rei e senhor” até ao fim do reinado de D. José.
Profundas remodelações da vida administrativa, económica, política, educacional, social e militar vão ser postas em prática pelo Marquês de Pombal que assim implementou em Portugal um regime ditatorial, sem dúvida, mas claramente a favor do desenvolvimento e progresso de Portugal, contra os “velhos do Restelo” do tempo. Foi a este regime político, que também teve algumas similitudes noutros países europeus, que se chamou “despotismo esclarecido”.
Um dos acontecimentos mais trágicos que ocorreu durante o seu “consulado” foi o Terramoto de Lisboa, no dia 1 de Novembro de 1755. Bem se viu, como ele agiu, com “mãos de ferro” na reconstrução da parte mais nobre da capital portuguesa sem aceder às reivindicações de alguma figuras das mais gradas da nobreza portuguesa. Hoje, qualquer pessoa dará razão e terá palavras elogiosas em relação à Lisboa pombalina, a cidade mais moderna da Europa e do Mundo, com ruas largas e a cruzarem umas com as outras em ângulos de 90 graus, casas à prova de cismo e de fogo e com saneamento básico. Verdadeiramente impressionante.
A criação de companhias comerciais e agrícola (das Vinhas do Alto Douro) monopolistas pretendia proteger o mercado português do poderoso concorrente inglês e o processo dos Távoras afastou definitivamente alguns nomes incómodos da alta nobreza portuguesa.
Em nome da modernização do ensino secundário e superior foram perseguidos e extintos os Jesuítas, considerados também em termos políticos demasiado conservadores. Mais tarde seria reformada também a Inquisição.
Em 6 de Junho de 1759, contava então 60 anos de idade, Sebastião José de Carvalho e Melo é agraciado com o título de Conde de Oeiras.
O “consulado” de Pombal chegaria, no entanto, ao fim com a morte de D. José. A sua sucessora, D. Maria I, que não morria de amores pelo Marquês por este não defender a sua sucessão e, conhecedora de alguns excessos de Sebastião Carvalho e Melo, não só o demitiu como fez com que fosse julgado e condenado ao desterro, passando a viver em Pombal onde acabaria por falecer, com quase 83 anos e aí seria enterrado. Só mais tarde os seus restos mortais foram trasladados para Lisboa.